domingo, 25 de setembro de 2011

Doutor Lula da Silva recebe mais um diploma

A juventude precisa voltar a sonhar”, diz Lula a estudantes em Paris
Pouco antes de receber o título de Doutor Honoris Causa da Sciences Po (Instituto de Estudos Políticos de Paris), Lula concedeu essa entrevista a alunos brasileiros que estudam naquela universidade

Este é o sétimo diploma de Doutor Honoris Causa que Lula recebe após deixar a presidência. Anteriormente já havia recebido da Universidade de Coimbra, em Portugal, da Universidade Federal de Viçosa (MG), da Universidade Federal de Pernambuco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, da Universidade Estadual de Pernambuco e da Universidade Federal da Bahia.
Jean-Claude Casanova, professor emérito do Sciences Po e presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, à direita de Lula,  entregou-lhe o diploma. À esquerda de Lula o diretor do Sciences Po, Richard Descoings.

Esse é o 16º título honoris causa concedido - e o primeiro para um latino-americano - em 140 anos de história da Sciences Po, por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand.
Em seu discurso de agradecimento, Lula ressaltou que os avanços conquistados foram fruto do exercício da democracia. “Estabelecemos uma nova relação do Estado com a sociedade, na qual todos os setores sociais foram ouvidos, mobilizados, e puderam discutir não somente com o governo, mas também entre eles próprios”, afirmou. “Para tanto, realizamos 74 conferências nacionais entre 2003 e 2010, precedidas por reuniões em níveis municipal e estadual, que contaram com a presença de cerca de 5 milhões de pessoas.
O ex-presidente citou também a criação de 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias durante o seu governo. “Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive.
Ao final da cerimônia, estudantes da plateia cantaram a canção “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

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